Mascoselo

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Mascoselo, conta-se que partiram de Louredo oito pessoas em direcção ao Alto do Velão. Lá chegadas sentaram-se para descansar e para decidir em que direcção seguir. Consta que uns queriam seguir para o lado de Pardelhas e outros para o lado de Vila Cova. Para ultrapassar o impasse decidiram dividir-se seguindo quatro para um lado e quatro para o outro. Os que seguiram em direcção a Vila Cova, passando por aquele lugar de Mascoselo, gostaram tanto que resolveram ficar por lá.
Este é um pequenino resumo de uma historia que se conta por lá, e que poderá ter a ver com a fundação de Mascoselo ou, pelo menos, com o seu crescimento e a sua ligação a Vila Cova. Os Morgados de Vila Cova, senhores de grandes domínios, também em Louredo, quiseram, no inicio do século XVIII, concentra-los para melhor “proveito”. Não admira, pois, que o único moinho que lá encontramos fosse um não muito antigo moinho em ruínas, disfarçado debaixo de umas “eradeiras” e desconhecido para a maioria das pessoas, construído pelo Sr. António Machado por volta de 1930, como nos conta a sua filha, a Sra. Donzília Machado.
Segundo um relato de 1758 da autoria do Vigário Padre Pedro Leite, “… havia naquele lugar de “Mascutelo” uma capela da devoção da Senhora do Rosário, bem ornada. A dita capela está situada no meio do povo…”. Lamentavelmente agora nada “…bem ornada…” uma vez que está transformada em palheiro e as suas imagens espalhadas sabe-se lá por onde, ainda se pode ver, bem no meio do povo sobre a “padieira” da porta uma inscrição com a data de 1721 ? , data que coincide com o período em que os Morgados de Vila Cova vincularam os bens que possuíam nas freguesias de Campeã e Louredo “para tudo andar junto aos dois vínculos…”.